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Conhecimento é poder estratégico

Ao assumir um condomínio o síndico tem perspectivas distintas sobre o tipo de gestão que deve dispensar de acordo com o tipo de condomínio e suas necessidades, se o seu nível de experiência e conhecimento técnico assim o permitir.

  • Os motivos que o levam a escolher uma estratégia ou tática de gestão em detrimento de outra, está pautado na maioria dos casos no conhecimento tácito. Que é aquele inerente à pessoa, com base nas suas experiências, capacidades, conhecimentos e atitudes, únicos desse profissional.

Contudo, quanto maior o horizonte de conhecimento técnico e preparo, mais rapidamente o síndico se adaptará às necessidades de gestão de condomínios específicos.

Vamos exemplificar melhor. Um dado condomínio onde existe uma disputa pelo cargo de síndico de longa data entre duas ou mais pessoas acaba por ocorrer conflitos, onde o não eleito faz de tudo para atrapalhar a gestão daquele que foi eleito e assumiu o cargo.

Ao longo do tempo essa rivalidade acaba influenciando os demais condôminos criando divisões de opiniões, que se refletem nas assembleias, decisões, e até a evolução do condomínio em termos de obras necessárias ou benfeitorias, processos operacionais, processos de gestão, e tudo o mais, mas, principalmente na qualidade de vida das pessoas, piorando a vida em condomínio a partir de conflitos.

Não que as diferenças de opiniões não sejam boas, afinal um condomínio é uma célula democrática onde todos têm voz. Mas, os conflitos chegam a um nível nocivo, onde se cria um clima interno de guerra entre as pessoas, onde a regra e a ética muitas vezes são negligenciadas.

Isso pode ocorrer não tão somente entre rivais pretensos ao cargo de sindico, mas, também a partir de antissociais, que não descansam enquanto não prejudicarem o síndico de forma gratuita, para abrir mão do cargo por pressão psicológica, ou ainda, síndicos corruptos ou incompetentes que encontram alguém disposto a lutar pela ética. Muitas são as possibilidades de conflitos.

O fato é que por todos serem donos, não existe hierarquia e nem um comitê responsável para controlar tais situações. O conselho deveria, talvez, ter essa incumbência, mas, o que acaba ocorrendo são soluções judiciais, que por se esgotar tanto os ânimos assim como as possibilidades de acordos entre as pessoas.

Por outro lado, os síndicos preparados saberão agir diante dessa situação de modo mais assertivo. Estabelecendo um plano de ação, após identificar os entraves para a gestão condominial, estabelecendo metas, recursos e aliados para “desinfeccionar” um condomínio.

Se for um profissional dedicado saberá ainda que cada condomínio terá uma necessidade de gestão diferente de acordo com o tipo de condomínio, poder aquisitivo, mas principalmente pelas pessoas que ali residem. Pois, de nada adianta ser o responsável por um condomínio se o síndico não é capaz de resolver os problemas desse ambiente.

Afinal, o síndico é como um capitão e se o navio afundar, o capitão afunda com ele. Por isso, o síndico que realmente tem poder deve conduzir os processos de mudança utilizando com inteligência estratégica o poder de gerir um condomínio satisfatoriamente.

Publicado em 09/Agosto/2019 por Eliana Caitano de Campos no Jornal dos Condomínios

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